Tuesday, March 1, 2011

    Brometo de rocurônio

    Brometo de rocurônio

    Medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999

    Solução injetável para uso intravenoso
    10 mg/ml


    FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES - Brometo de rocurônio
    Embalagem com 12 frascos ampola de 5 ml.

    USO ADULTO E PEDIÁTRICO



    COMPOSIÇÃO: - Brometo de rocurônio

    Cada ml contém:
    brometo de rocurônio .................... 10 mg
    veículo q.s.p. .................... 1 mL
    Veículos: Cloreto de sódio, acetato de sódio, ácido acético e água para injeção1.

    USO RESTRITO A HOSPITAIS



    INFORMAÇÕES AO PACIENTE - Brometo de rocurônio
    Cuidados de Conservação
    O produto deve ser conservado sob refrigeração (entre 2º e 8º C), ao abrigo da luz.

    Prazo de Validade
    Encontra- se impresso em sua embalagem externa.

    NÃO USE MEDICAMENTOS COM O PRAZO DE VALIDADE VENCIDO, POIS SEU EFEITO PODE NÃO SER O DESEJADO.

    Uma vez que brometo de rocurônio não contém conservantes, a solução deve ser utilizada imediatamente após a abertura do frasco.

    TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS



    INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE - Brometo de rocurônio

    Propriedades farmacodinâmicas
    Brometo de rocurônio é um agente bloqueador neuromuscular não despolarizante de ação intermediária, com rápido início de ação, que apresenta todas as ações farmacológicas características desta classe de fármacos (curariforme). Brometo de rocurônio atua competindo pelos colinorreceptores nicotínicos da placa motora terminal. Esta ação é antagonizada pelos inibidores da acetilcolinesterase, tais como neostigmina, edrofônio e piridostigmina.

    A DE90 (dose requerida para produzir uma depressão de 90% da transmissão neuromuscular do polegar à estimulação do nervo ulnar) durante a anestesia2 intravenosa é de aproximadamente 0,3 mg/kg de peso corporal.
    Dentro de 60 segundos após a administração intravenosa de uma dose de 0,6 mg/kg de peso corporal de brometo de rocurônio (2 vezes a DE90 sob anestesia2 intravenosa) podem ser obtidas condições de intubação adequadas em quase todos os pacientes, dos quais 80% apresentam condições de intubação classificadas como excelentes. Dentro de 2 minutos estabelece- se uma paralisia3 muscular geral adequada para qualquer tipo de intervenção cirúrgica. A duração clínica do bloqueio (duração até a recuperação espontânea de 25% da transmissão neuromuscular) com esta dose é de 30 - 40 minutos. A duração total (tempo até a recuperação espontânea de 90% da transmissão neuromuscular) é de 50 minutos. O tempo médio para a recuperação espontânea de 25 a 75% da transmissão neuromuscular (índice de recuperação), depois de uma dose em bolo de brometo de rocurônio de 0,6 mg/kg de peso corporal, é de 14 minutos. Doses de brometo de rocurônio inferiores a 0,3 - 0,45 mg/kg de peso corporal (1-1 1/2 vezes a DE90) prolongam o início de ação e diminuem a duração da ação.
    Após a administração de brometo de rocurônio em uma dose de 0,45 mg/kg de peso corporal obtêm- se condições de intubação aceitáveis após 90 segundos.
    Após uma dose de 1,0 mg/kg de peso de brometo de rocurônio durante a indução de seqüência rápida de anestesia2, são obtidas condições adequadas de intubação dentro de 60 segundos em 93% dos pacientes sob anestesia2 propofol e em 96% dos pacientes sob anestesia2 com fentanil/tiopental. Destas, 70% são classificadas como excelentes. A duração clínica com esta dose aproxima- se de 1 hora, tempo em que o bloqueio neuromuscular pode ser revertido com segurança. Após uma dose de 0,6 mg/kg de peso de brometo de rocurônio durante a indução de seqüência rápida de anestesia2, são obtidas condições adequadas de intubação dentro de 60 segundos em 81% dos pacientes sob anestesia2 com propofol e 75% dos pacientes sob anestesia2 com fentanil/tiopental.
    Com doses superiores a a 1mg/kg de peso as condições de intubação não melhoram apreciavelmente, no entanto, a duração de ação se prolonga. Doses superiores a 4 vezes a DE90 não foram estudadas.
    A duração de ação da dose de manutenção de 0,15 mg/kg de peso corporal de brometo de rocurônio pode ser mais longa sob anestesia2 com enflurano e isoflurano em pacientes geriátricos e em pacientes com alterações hepáticas e/ou renais (aproximadamente 20 minutos) do que em pacientes sem deterioração das funções dos órgãos excretores sob anestesia2 intravenosa (aproximadamente 13 minutos). Não foram observados efeitos cumulativos (aumento progressivo da duração de ação) com repetidas doses de manutenção no nível recomendado.
    Após infusão contínua na unidade de terapia intensiva4, o tempo para recuperação da razão de TOF para 0,7 depende do nível de bloqueio ao final da infusão. Após uma infusão contínua por 20 horas ou mais, a faixa média de tempo entre o retorno de T2 ao estímulo de TOF e a recuperação da razão de TOF para 0,7 é de aproximadamente 1,5 (1 - 5) horas em pacientes sem falência múltipla de órgãos e de 4 (1 - 25) horas em pacientes com falência múltipla de órgãos.
    Em pacientes que serão submetidos à cirurgia cardiovascular, as alterações cardiovasculares mais comuns durante o início de ação do bloqueio máximo após uma dose de 0,6 - 0,9 mg/kg de peso de brometo de rocurônio são um aumento pequeno e clinicamente insignificante da freqüência cardíaca de até 9%, e um aumento da pressão sangüínea5 arterial média de até 16% em relação aos valores de controle.
    A administração de inibidores da acetilcolinesterase, tais como neostigmina, piridostigmina ou edrofônio, antagoniza a ação de brometo de rocurônio.

    Propriedades farmacocinéticas
    Após a administração intravenosa de brometo de rocurônio, a concentração plasmática estabelece- se em três fases exponenciais.
    Em adultos normais a média da meia- vida de eliminação (95% IC) é de 73 (66 - 80) minutos, o volume aparente de distribuição em condições de equilíbrio dinâmico é de 203 (193 - 214) ml/kg e o clearance plasmático é de 3,7 (3,5 - 3,9) ml/kg/min.
    Em estudos clínicos controlados, o clearance plasmático mostrou- se diminuído em pacientes geriátricos e em pacientes com deficiências hepáticas ou renais. No entanto, na maioria dos estudos não foram alcançados os limites de significação estatística.
    Em pacientes com doença hepática, a média da meia- vida de eliminação prolonga-se em 30 minutos e a média do clearance plasmático é reduzida em 1 ml/kg/min.
    Quando o brometo de rocurônio é administrado como infusão contínua para facilitar a ventilação mecânica por 20 horas ou mais, a média da meia- vida de eliminação e a média do volume aparente de distribuição no estado de equilíbrio dinâmico são aumentadas.
    Em estudos clínicos controlados foi encontrada uma grande variabilidade entre os pacientes, relacionada à natureza e extensão da falência (múltipla) de órgãos e a características individuais do paciente. Em pacientes com falência múltipla de órgãos foram encontrados uma meia- vida média (± DP) de eliminação de 21,5 (± 3,3) horas, um volume aparente de distribuição de 1,5 (± 0,8) l/kg no estado de equilíbrio dinâmico e um clearance plasmático de 2,1 (± 0,8) ml/kg/min.
    O brometo de rocurônio é excretado na urina6 e na bile7. A excreção na urina6 é de cerca de 40% dentro de 12 - 24 horas. Após a injeção1 de uma dose de brometo de rocurônio marcado com radioatividade a excreção do composto radioativo é, em média, de 47% na urina6 e 43% nas fezes após 9 dias. Aproximadamente 50% é recuperado inalterado.

    DADOS DE ESTUDOS PRÉ- CLÍNICOS
    Não há nenhum modelo animal apropriado para estudar as situações extremamente complexas de um paciente na unidade de terapia intensiva4. Assim, a segurança do uso de brometo de rocurônio na facilitação da ventilação mecânica na unidade de terapia intensiva4 baseia- se principalmente nos resultados obtidos em estudos clínicos.


    INDICAÇÕES - Brometo de rocurônio
    Brometo de rocurônio é indicado como adjuvante à anestesia2 geral para facilitar a intubação endotraqueal em procedimentos de rotina e de indução de seqüência rápida de anestesia2, e para relaxar a musculatura esquelética durante as intervenções cirúrgicas. Brometo de rocurônio também é indicado como adjuvante na unidade de terapia intensiva4 (UTI) para facilitar a intubação endotraqueal e a ventilação mecânica.


    CONTRA-INDICAÇÕES - Brometo de rocurônio

    Brometo de rocurônio é contra- indicado a pacientes que tenham manifestado alergia8 ao rocurônio, ao íon brometo ou a qualquer um de seus componentes.


    POSOLOGIA - Brometo de rocurônio
    Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares, a dose de brometo de rocurônio deve ser individualizada para cada paciente.
    Para definir a dose, deve- se levar em consideração o tipo de anestesia2 utilizada, a duração prevista da cirurgia e da ventilação mecânica, o método de sedação empregado, a possível interação com outros medicamentos administrados antes e/ou durante a anestesia2 e o estado do paciente. Recomenda-se o emprego de uma técnica adequada para controlar o bloqueio neuromuscular e sua recuperação. Os anestésicos inalatórios potencializam o efeito do bloqueio neuromuscular de brometo de rocurônio. No entanto, esta potencialização torna-se clinicamente relevante durante a anestesia2 quando os agentes voláteis alcançam as concentrações tissulares requeridas para a referida interação.
    Conseqüentemente, durante procedimentos mais prolongados (tempo superior a 1 hora) sob anestesia2 inalatória (vide Interações medicamentosas), os ajustes de dose de brometo de rocurônio devem ser feitos pela administração de doses de manutenção menores em intervalos menos freqüentes, ou pelo uso de doses de infusão mais baixas de brometo de rocurônio. As doses apresentadas a seguir podem servir de diretriz para intubação endotraqueal e relaxamento muscular em procedimentos cirúrgicos de curta a longa duração e para uso na unidade de terapia intensiva4 em adultos.

    PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS:
    • Intubação endotraqueal
    A dose padrão para intubação durante anestesia2 de rotina é de 0,6 mg/kg de peso de brometo de rocurônio. Com tal dose são obtidas condições adequadas de intubação dentro de 60 segundos em quase todos os pacientes. Recomenda- se uma dose de 1,0 mg/kg de peso de brometo de rocurônio para facilitar as condições de intubação endotraqueal durante indução de seqüência rápida de anestesia2.
    Com tal dose também são obtidas condições adequadas de intubação dentro de 60 segundos em quase todos os pacientes.
    Se for utilizada uma dose de 0,6 mg/kg de peso de brometo de rocurônio para indução de seqüência rápida de anestesia2, recomenda- se intubar o paciente 90 segundos após a administração do brometo de rocurônio.
    Em pacientes submetidas à cesariana, recomenda- se usar apenas uma dose de 0,6 mg/kg de peso de brometo de rocurônio, uma vez que a dose de 1,0 mg/kg de peso não foi investigada nesse grupo de pacientes.

    • Dose de manutenção
    A dose de brometo de rocurônio recomendada para manutenção é de 0,15 mg/kg de peso corporal. Em caso de anestesia2 inalatória de longa duração, a dose de brometo de rocurônio deve ser reduzida para 0,075 - 0,1 mg/kg de peso corporal. As doses de manutenção devem ser administradas preferencialmente quando a transmissão neuromuscular tenha se recuperado em 25%, ou quando houver 2 a 3 contrações em resposta a um estímulo TOF.

    • Infusão contínua
    Caso brometo de rocurônio seja administrado por infusão contínua, a dose inicial recomendada é de 0,6 mg/kg de peso corporal de brometo de rocurônio, iniciando- se a administração por infusão após o início da recuperação do bloqueio neuromuscular. A taxa de infusão deve ser ajustada de modo a manter uma resposta da transmissão neuromuscular de 10% do controle do tamanho da contração ou manter 1 a 2 contrações em resposta a um estímulo TOF. Em adultos sob anestesia2 intravenosa, a taxa de infusão requerida para manter o bloqueio neuromuscular a este nível está entre 0,3 - 0,6 mg/kg/hora, e sob anestesia2 inalatória a taxa de infusão varia entre 0,3 - 0,4 mg/kg/hora. É essencial o controle contínuo do bloqueio neuromuscular, uma vez que os requisitos da taxa de infusão variam de um paciente para outro e com o tipo de anestesia2 utilizada.

    • Doses na pediatria
    Crianças (1 - 14 anos) e lactentes9 (1 - 12 meses) sob anestesia2 com halotano apresentam sensibilidade a brometo de rocurônio semelhante a dos adultos. O início de ação é mais rápido em lactentes9 e crianças do que em adultos. A duração clínica é mais curta em crianças do que em adultos. Até o momento não há dados disponíveis para sustentar o uso de brometo de rocurônio em neonatos10 (0 - 1 mês).

    • Doses em pacientes geriátricos e pacientes com alterações hepáticas e/ou das vias biliares e/ou insuficiência renal11
    A dose padrão para intubação de pacientes geriátricos e pacientes com alterações hepáticas e/ou das vias biliares e/ou insuficiência renal11 durante anestesia2 de rotina é de 0,6 mg/kg de peso corporal de brometo de rocurônio. Deve- se considerar uma dose de 0,6 mg/kg para indução de seqüência rápida de anestesia2 nos pacientes em que se espera um prolongamento da ação. Independentemente da técnica anestésica aplicada, recomenda-se para tais pacientes uma dose de manutenção de brometo de rocurônio de 0,075 - 0,1 mg/kg de peso corporal, com uma velocidade de infusão de 0,3 - 0,4 mg/kg/hora (vide Infusão Contínua).

    • Doses em pacientes obesos e com excesso de peso
    Ao utilizar brometo de rocurônio em pacientes com excesso de peso ou obesos (definidos como pacientes com peso corporal superior a 30% ou mais em relação ao peso corporal ideal), as doses devem ser reduzidas em função do peso corporal ideal.

    PROCEDIMENTOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA4:

    • Intubação endotraqueal
    Para intubação endotraqueal deve- se usar as mesmas doses recomendadas para procedimentos cirúrgicos.

    • Facilitação da ventilação mecânica
    Recomenda- se o uso de uma dose inicial de 0,6 mg/kg de peso de brometo de rocurônio, seguida por uma infusão contínua assim que haja recuperação de 10% ao estímulo ou 1 a 2 contrações em resposta a um estímulo TOF. As doses devem ser sempre ajustadas para cada paciente. Em adultos, para manter o bloqueio neuromuscular em 80 - 90% (1 a 2 contrações em resposta a um estímulo TOF), recomenda-se uma velocidade inicial de infusão de 0,3 - 0,6 mg/kg/hora durante a primeira hora de administração, a qual deverá ser reduzida, de acordo com a resposta individual, durante as próximas 6 - 12 horas. A partir daí, os requisitos individuais de dose parmanecem relativamente constantes.
    Em estudos clínicos controlados foi encontrada uma grande variabilidade entre os pacientes nas velocidades horárias de infusão, com a velocidade média de infusão horária variando de 0,2 - 0,5 mg/kg/hora, dependendo da natureza e extensão da falência de órgãos, medicação concomitante e
    características individuais dos pacientes. Recomenda- se enfaticamente a monitoração da transmissão neuromuscular para se obter ótimo controle individual do paciente. Foi investigada a administração por até 7 dias.
    Até o presente momento não há dados que justifiquem recomendações de dose para facilitar a ventilação mecânica em pacientes pediátricos e geriátricos.

    Administração
    Uma vez que brometo de rocurônio não contém conservantes, os fracos devem ser abertos imediatamente antes da administração.
    Brometo de rocurônio deve ser administrado por via intravenosa, tanto por injeção1 em bolo quanto por infusão contínua. Em estudos de compatibilidade, brometo de rocurônio, em concentrações nominais de 0,5 mg/ml e 2,0 mg/ml, demonstrou ser compatível com as seguintes soluções de infusão:
    - NaCI a 0,9%;
    - glicose12 a 5%;
    - soro13 glicofisiológico (glicose12 a 5% em soro13 fisiológico);
    - água para injeção1;
    - solução de Ringer lactato;
    - Haemacel.

    A administração deve ser feita imediatamente após a mistura, devendo se completar dentro das 24 horas seguintes. As soluções não utilizadas devem ser descartadas. Brometo de rocurônio pode ser injetado em uma linha de infusão contínua contento soluções intravenosas dos seguintes fármacos: adrenalina, alcurônio, alfentanil, aminofilina, atracúrio, atropina, ceftazidima, cefuroxima, cimetidina, clemastina, clindamicina, clometiazol, clonazepam, clonidina, danaparóide, dobutamina, dopamina, droperidol, efedrina, ergotamina, esmolol, etomidato, fentanil, flucitosina, galamina, gentamicina, glicose12 a 40%, brometo de glicopirrônio, heparina, isoprenalina, cetamina, labetalol, lidocaína, manitol a 20%, metoclopramida, metoprolol, metronidazol, midazolam, milrinona, morfina, nifedipina, nimodipina, nitroglicerina, noradrenalina, oxitocina14, pancurônio, petidina, pipecurônio, cloreto de potássio, prometazina, propanolol, ranitidina, salbutamol15, carbonat hidrogenado de sódio, nitroprussiato, sulfentanil, cloreto de succinilcolina, vecurônio e verapamil, assim como Geloplasma e Thalamonal. Foi documentada incompatibilidade física de brometo de rocurônio quando adicionado a soluções que contêm os seguintes fármacos: anfotericina, amoxicilina, azatioprina, cefazolina, cloxacilina, dexametasona, diazepam, enoximona, eritromicina, famotidina, furosemida, succinato sódico de hidrocortisona, insulina16, metohexital, metilprednisolona, succinato sódico de prednisolona, tiopental, trimetoprim e vancomicina. Brometo de rocurônio é incompatível com Intralipídeo.
    Não se recomenda que brometo de rocurônio seja misturado a outras soluções ou fármacos na mesma seringa17 ou frasco, exceto aquelas já citadas anteriormente como compatíveis. Se brometo de rocurônio for administrado na mesma via de infusão utilizada para outros fármacos, é importante que linha seja lavada adequadamente (p. ex. com cloreto de sódio a 0,9%) entre a administração de brometo de rocurônio e dos fármacos para os quais foi demonstrada incompatibilidade ou cuja a
    compatibilidade ainda não tenha sido estabelecida (vide parágrafos anteriores sobre compatibilidade e incompatibilidade).


    PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS - Brometo de rocurônio

    Uma vez que brometo de rocurônio provoca paralisia3 da musculatura respiratória, pacientes tratados com este medicamento devem receber ventilação mecânica até que haja restauração adequada da respiração espontânea.
    Assim como ocorre com todos os bloqueadores neuromusculares, é importante antecipar- se a dificuldades na intubação, particularmente quando se utiliza a técnica de indução de seqüência rápida de anestesia2.
    Após a administração de agentes bloqueadores neuromusculares podem ocorrer reações anafiláticas18, por isto sempre devem ser tomadas precauções para tratar tais reações. Uma vez que foram relatadas reações alérgicas cruzadas a agentes bloqueadores neuromusculares, no caso de reações anafiláticas18 prévias devem ser tomadas precauções especiais.
    Níveis de dose de brometo de rocurônio superiores a 0,9 mg/kg de peso corporal podem aumentar a freqüência cardíaca; este efeito pode antagonizar a bradicardia19 produzida por outros agentes anestésicos ou por estimulação vagal.
    Em geral, após o uso a longo prazo dos relaxantes musculares na UTI, tem sido observada uma paralisia3 prolongada e/ou fraqueza dos músculos esqueléticos. Para auxiliar a excluir um possível prolongamento do bloqueio neuromuscular e/ou superdosagem, recomenda- se enfaticamente que a transmissão neuromuscular seja monitorada durante o uso dos relaxantes musculares. Além disso, os pacientes devem receber analgesia e sedação adequadas. Adicionalmente, os relaxantes musculares devem ser ajustados individualmente para cada paciente de acordo com o efeito, por médicos experientes que estejam familiarizados com suas ações e técnicas de monitoração neuromuscular apropriadas ou sob sua supervisão.
    Uma vez que brometo de rocurônio é sempre utilizado com outros agentes, e devido à possibilidade de ocorrência de hipertermia maligna durante a anestesia2, mesmo na ausência de agentes sabidamente indutores, antes do início de qualquer anestesia2 os médicos devem estar familiarizados com os sinais20 iniciais, com o diagnóstico21 confirmatório e com o tratamento da hipertermia maligna. Em estudos com animais, brometo de rocurônio demonstrou não ser um agente indutor de hipertermia maligna.

    As condições descritas a seguir podem influenciar a farmacocinética e/ou a farmacodinâmica de brometo de rocurônio.

    • Doença hepática e/ou do trato biliar e insuficiência renal11.
    Brometo de rocurônio deve ser usado com cuidado em pacientes com doença hepática e/ou biliar e/ou insuficiência renal11 clinicamente significativas, pois o rocurônio é excretado na urina6 e na bile7. Neste grupo de pacientes foi observado prolongamento da ação com doses de 0,6 mg de brometo de rocurônio por kg de peso corpóreo.

    • Tempo de circulação22 prolongado
    Condições associadas a tempo de circulação22 prolongado, tais como doença cardiovascular, idade avançada e estado edematoso levando a um aumento do volume de distribuição, podem contribuir para um início de ação mais lento.

    • Doença neuromuscular
    Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares, brometo de rocurônio deve ser utilizado com extremo cuidado em pacientes com doença neuromuscular ou após poliomielite23, pois a resposta a agentes bloqueadores neuromusculares pode ser consideravelmente alterada nestes casos.
    A magnitude e a direção desta alteração podem variar muito. Em pacientes com miastenia24 grave ou com síndrome25 miastênica (Eaton- Lambert), pequenas doses de brometo de rocurônio podem ter efeitos acentuados, por isso nestes pacientes brometo de rocurônio deve ser ajustado individualmente, de acordo com o efeito, até se obter a resposta desejada.

    • Hipotermia26
    Em cirurgias sob condições hipotérmicas, o efeito bloqueador neuromuscular de brometo de rocurônio é aumentado e sua duração prolongada.

    • Obesidade27
    Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares, brometo de rocurônio pode apresentar um prolongamento na duração e na recuperação espontânea em pacientes obesos quando administrado em doses calculadas com base no peso corporal ideal.

    • Queimaduras
    Pacientes com queimaduras sabidamente desenvolvem resistência a agentes bloqueadores neuromusculares não despolarizantes.
    Recomenda- se que a dose seja ajustada à resposta.

    • Condições que podem aumentar os efeitos de brometo de rocurônio
    Hipocalemia (por ex. após vômito28 e diarréia29 graves e terapia diurética), hipermagnesemia, hipocalcemia30 (após transfusões maciças), hipoproteinemia, desidratação31, acidose32, hipercapnia e caquexia33.
    Distúrbios eletrolíticos graves, alteração do pH sangüíneo ou desidratação31 devem ser corrigidos quando possível.

    GRAVIDEZ34 E LACTAÇÃO35
    Não há dados disponíveis sobre o uso de brometo de rocurônio durante a gravidez34 humana para se avaliar potenciais danos ao feto. Até o momento não há evidências de efeitos prejudiciais em estudos animais. Brometo de rocurônio deve ser administrado a pacientes gestantes somente quando o médico julgar que os benefícios superam os potenciais riscos.
    Brometo de rocurônio pode ser utilizado como parte da técnica de indução de seqüência rápida de anestesia2 em pacientes submetidas à cesariana, desde que não se preveja nenhuma dificuldade de intubação e seja administrada uma dose suficiente de agente anestésico, ou após intubação facilitada por succinilcolina.
    Brometo de rocurônio, quando admnistrado em doses de 0,6 mg/kg de peso, mostrou- se seguro em parturientes36 submetidas a cesariana.
    Brometo de rocurônio não afeta o escore de Apgar, o tônus muscular fetal nem a adaptação cardiorrespiratória. Amostras de sangue37 do cordão umbilical evidenciam que a transferência placentária de brometo de rocurônio é limitada e não leva à observação de efeitos clínicos adversos
    no recém- nascido.

    Nota: doses de 1,0 mg/kg foram investigadas durante a indução de seqüência rápida de anestesia2, mas não em pacientes de cesariana.
    A reversão do bloqueio neuromuscular induzido por agentes bloqueadores neuromusculares pode ser inibida ou insatisfatória em pacientes recebendo sais de magnésio para toxemia da gravidez34 porque sais de magnésio potencializam o bloqueio neuromuscular.
    Desta forma, nessas pacientes a dose de brometo de rocurônio deve ser reduzida e ajustada cuidadosamente pela monitoração de seus efeitos.
    Foram encontrados níveis insignificantes de brometo de rocurônio no leite de ratas que amamentavam. Não há dados sobre o uso de brometo de rocurônio durante a lactação35 em humanos. Brometo de rocurônio só deve ser administrado a mulheres que amamentam quando os benefícios para a paciente suplantarem o risco potencial para o lactante38.

    EFEITOS SOBRE A HABILIDADE DE DIRIGIR E UTILIZAR MÁQUINAS
    Não se recomenda o uso de máquinas potencialmente perigosas, nem a direção de automóveis, dentro de um período de 24 horas após a completa recuperação da ação bloqueadora neuromuscular de brometo de rocurônio.


    INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS - Brometo de rocurônio
    Foi demonstrado que as drogas abaixo descritas influenciam a magnitude e/ou a duração da ação de agentes bloqueadores neuromusculares não despolarizantes.

    • Aumento do efeito:
    - Anestésicos voláteis halogenados e éter.
    - Altas doses de tiopental, metohexital, cetamina, fentanil, gamahidroxibutirato, etomidato e propofol.
    - Outros agentes bloqueadores neuromusculares não despolarizantes.
    - Administração prévia de succinilcolina.

    - Outros fármacos:
    - antibióticos: aminoglicosídeos e polipeptídeos, lincosamida, tetraciclina, acilaminopenicilínicos, altas doses de metronidazol;
    - diuréticos39, tiamina, agentes inibidores da MAO, quinidina, protamina, agentes bloqueadores alfa-adrenérgicos, sais de magnésio, agentes bloqueadores dos canais de cálcio e sais de lítio.

    • Diminuição do efeito
    Neostigmina, edrofônio, piridostigmina, derivados da aminopiridina; administração prévia crônica de corticosteróides, fenitoína ou carbamazepina;
    noradrenalina, azatioprina (somente um efeito transitório e limitado), teofilina, cloreto de cálcio e de potássio.


    REAÇÕES ADVERSAS - Brometo de rocurônio

    Reações anafiláticas18
    Embora muito raras, foram relatadas reações anafiláticas18 graves a agentes bloqueadores neuromusculares, incluindo brometo de rocurônio. Em alguns casos essas reações foram fatais. Devido à possível gravidade destas reações, deve- se sempre supor que elas podem ocorrer e tomar as precauções necessárias.

    Liberação de histamina e reações histaminóides
    Uma vez que os agentes bloqueadores neuromusculares são sabidamente capazes de induzir a liberação de histamina, tanto local quanto sistemicamente, a possibilidade de ocorrência de reações pruriginosas e eritematosas no local da injeção1 e/ou reações histamínicas (anafilóides) generalizadas, tais como broncoespasmo40 e alterações cardiovasculares (p. ex. hipertensão41 e taquicardia42), deve ser sempre levada em consideração quando se administra tais drogas.
    Em estudos clínicos foram observados apenas pequenos aumentos nos níveis plasmáticos médios de histamina após a administração rápida em bolo de doses de 0,3 a 0,9 mg de brometo de rocurônio por kg de peso.

    Reações no local da injeção1
    Durante indução de seqüência rápida de anestesia2 foi relatada dor à injeção1, especialmente quando o paciente não havia perdido completamente a consciência, e particularmente quando o propofol foi usado como agente de indução. Em estudos clínicos foi observada dor à injeção1 em16% dos pacientes submetidos à indução de seqüência rápida de anestesia2 com propofol, e em menos de 0,5% dos pacientes submetidos à indução de seqüência rápida de anestesia2 com fentanil
    e tiopental.


    SUPERDOSE - Brometo de rocurônio
    Em caso de superdosagem e prolongamento do bloqueio neuromuscular, o paciente deve continuar a receber suporte ventilatório e sedação. Devese administrar um inibidor da acetilcolinesterase (por ex. neostigmina, edrofônio, piridostigmina) em doses adequadas, até que se inicie a recuperação espontânea.
    Quando a administração de agentes inibidores da acetilcolinesterase não reverter os efeitos neuromusculares de brometo de rocurônio, deve- se continuar com a ventilação até que a respiração espontânea seja restaurada. A administração de doses repetidas de inibidores da acetilcolinesterase pode ser perigosa. Em estudos com animais, a depressão severa da função cardiovascular, eventualmente levando a colapso cardíaco, não ocorreu até a administração de uma dose cumulativa de 750 vezes a DE90 (135 mg/kg de peso).


    ARMAZENAGEM - Brometo de rocurônio

    Conservar sob refrigeração (entre 2º e 8º C), ao abrigo da luz.

    VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

    USO RESTRITO A HOSPITAIS

    MS - 1.0043.1010

    Farm. Resp.: Dra. Sônia Albano Badaró - CRF-SP 19.258

    EUROFARMA LABORATÓRIOS LTDA.
    Av. Ver. José Diniz, 3.465 - São Paulo - SP
    CNPJ: 61.190.096/0001- 92
    Indústria Brasileira



    Brometo de rocurônio - Laboratório

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