Thursday, March 3, 2011

    AMPHOCIL

    AmphocilTM ZENECA

    Anfotericina B

    50 e 100 mg

    Dispersão coloidal liofilizada para infusão intravenosa

    Uso pediátrico e adulto


    Composição - AMPHOCIL
    Cada frasco- ampola contém 50 mg ou 100 mg de anfotericina B, na forma de um complexo com colesterilsulfato de sódio.


    Informações Técnicas - AMPHOCIL


    Descrição - AMPHOCIL
    Anfotericina B, o componente ativo de AMPHOCIL, é um antibiótico fungicida poliênico macrocíclico produzido por Streptomyces nodosus. A anfotericina possui alta afinidade pelo ergosterol, o principal esterol em membranas de células fúngicas, e uma menor afinidade pelo colesterol1, o esterol predominante em membranas celulares de mamíferos. A ligação da anfotericina B com ergosterol resulta em dano à membrana celular fúngica, aumento da permeabilidade da membrana e eventual morte celular. As membranas celulares de mamíferos. também contém esteróis, e tem sido sugerido que o dano causado pala anfotericina B às células humanas segue um mecanismo de ação semelhante àquele para células fúngicas. AMPHOCIL é uma nova formulação de anfotericina B, baseada em sua afinidade única por esteróis. AMPHOCIL é um complexo estável de anfotericina B e colesterilsulfato de sódio, um metabólito natural do colesterol1. A anfotericina B e o colesterilsulfato de sódio formam um complexo em uma razão aproximadamente equimolar para formar micropartículas discóides uniformes. AMPHOCIL não é uma formulação lipossômica, mas uma dispersão coloidal de anfotericina B e colesterilsulfato de sódio. O uso de flucitosina com AMPHOCIL não foi estudado. Ao mesmo tempo que a sinergia entre a anfotericina B e flucitosina foi relatada, a anfotericina B pode aumentar a toxicidade da flucitosina através do aumento da sua captação celular impedindo a excreção renal2. Micro biologia ("in vitro"): Anfotericina B, o componente ativo de AMPHOCIL apresenta in vitro uma atividade elevada contra numerosas espécies de fungos. A maioria das cepas de Candida sp., Aspergilius fumigatus, Cryptococus neoformans, Histoplasma capsulatum, Blastomyces dermatitidis e Coccidioides immitis são inibidas pela Anfotericina B in vitro. Em estudos comparativos, concentrações inibitórias mínimas (CIMs) da AMPHOCIL e da formulação convencional de anfotericina B são comparáveis. CIMs de AMPHOCIL variam entre 0,125 a 16 mg/ml, e CIMs de anfotericina B convencional variam entre 0,25 e 4 mg/ml. Anfotericina B possui efeito mínimo ou nulo sobre bactérias e vírus3.


    Farmacocinética - AMPHOCIL

    Dados de estudos de farmacocinética em animais demonstraram picos de níveis plasmáticos inferiores e valores de área sob a curva de concentração sangüínea (ASC) total maiores após tratamento com AMPHOCIL, comparados com doses eqüivalentes de anfotericina B convencional .Nos estudos de distribuição em animais, concentrações mais elevadas de anfotericina B, medidas no fígado4, baço5 e medula óssea, não foram acompanhadas de evidência de toxicidade aumentada nesses órgãos após administração de AMPHOClL. Os níveis nos rins6, o principal sitio de toxicidade da anfotericina B convencional, foram quatro a cinco vezes inferiores após tratamento com AMPHOCIL e se correlacionaram com nefrotoxicidade reduzida, comparados com anfotericina B convencional. A tabela a seguir mostra parâmetros farmacocinéticos em humanos após dose única de AMPHOCIL de 0,25; 0,5; 1,0 e 1,5 mg/kg. Os valores apresentados são parâmetros derivados do modelo que consiste em 3- 4 indivíduos por nível da dose. Concentrações plasmáticas mínimas de anfotericina B foram medidas em pacientes submetidos a transplantada medula óssea que receberam tratamento diário com 0,5 a 5,0 mg/kg de AMPHOCIL por até 6 semanas. As concentrações plasmáticas mínimas de anfotericina B não aumentaram para níveis de dose de até 4,0 mg/Kg/dia, mas aproximadamente dobraram em pacientes que receberam 5,0 mg/Kg/dia por até 6 semanas. O aumento nas concentrações plasmáticas mínimas sugere que ocorreu acúmulo sistêmico de anfotericina B; entretanto esse acúmulo resultou em aumento de incidência7 de eventos tóxicos. Estudos detalhados de distúrbios em humanos não foram conduzidos com anfotericina B convencional, e também o seu metabolismo8 não está completamente elucidado. Esses tópicos também não foram estudados com AMPHOCIL


    Parâmetro Nível de dose de AMPHOCIL (mg/kg)
    Farmacocinético 0,25 0,5 1,0 1,5

    C m/ax (mcg/ml) 1,0 1,3 2,2 2,5

    ASC (mcg- h/ml) 9,1 20,0 45,6 56,8

    Cl (l/h) 2,1 1,8 1,5 2,1

    t 1/2* (h) 86 157 244 235

    V d (l) 250 389 514 660

    * t 1/2 = meia vida de eliminação




    Indicações - AMPHOCIL
    AMPHOCIL está indicado para o tratamento de micoses sistêmicas severas e (ou) profundas em casos onde a. toxicidade ou comprometimento renal2 impossibilitam o uso de anfotericina B convencional em doses eficazes, e em casos onde a terapia antifúngica sistêmica anterior foi falha. Micoses tratadas com AMPHOCIL com sucesso incluem candidíase9 disseminada e aspergilose. AMPHOCIL não deve ser usado em micoses clinicamente não aparentes ou comuns, diagnosticadas somente por testes epidérmicos ou determinações sorológicas.


    Contra-Indicações - AMPHOCIL

    AMPHOCIL não deve ser administrado a pacientes que apresentaram hipersensibilidade aos componentes da fórmula, a menos que, na opinião do médico, as vantagens da utilização de AMPHOClL superem os riscos de hipersensibilidade


    Precauções - AMPHOCIL
    Pacientes diabéticos: Deve ser observado que cada frasco- ampola de AMPHOCIL 50 mg contém 970 mg de lactose monoidratada e cada frasco-ampola de AMPHOCIL 100 mg contém 1.940 de lactose monoidratada. Pacientes em diálise10 renal2: AMPHOCIL deve ser administrado somente no final de cada período de diálise10. Eletrólitos séricos, particularmente potássio e magnésio, devem ser regularmente monitorizados.
    Gravidez11: Estudos de toxidade reprodutiva em animais com AMPHOCIL não demonstram evidências de danos ao feto. Embora a substância ativa, anfotericina B, tenha sido largamente utilizada por muitos anos sem conseqüências danosas aparentes, não há evidências adequadas da segurança na gravidez11 humana. Entretanto é recomendado que a administração de AMPHOCIL seja evitada na gravidez11, a menos que os benefícios previstos para a paciente superem os riscos potenciais para o feto. Lactação12: Não é conhecido se a anfotericina B é excretada pelo leite humano.
    Deve- se considerar a descontinuação da amamentação13 durante tratamento com AMPHOCII. Uso pediátrico: Um número limitado de pacientes pediátricos foi tratado com AMPHOCIL, utilizando doses diárias (mg/kg) similares àquelas para adultos. Não houve relatos de eventos adversos incomuns. Uso em idosos: Um número limitado de pacientes idosos foi tratado com AMPHOCIL; os dados disponíveis não indicam a necessidade de recomendações específicas de posologia ou precauções em pacientes idosos.


    Interações medicamentosas - AMPHOCIL

    Não há relatos de interações entre AMPHOCIL e outras drogas, inclusive a ciclosporina. Entretanto deve- se ter cautela em pacientes que estejam recebendo terapia concomitante com medicamentos que sabidamente interagem com a anfotericina B convencional, como drogas nefrotóxicas ( aminoglicosídeos, cisplatina e pentamidina), corticosteróides e corticotrofina (ACTH), que podem potencializar a hipocalemia, e glicosídeos digitálicos, relaxantes musculares e agentes antiarrítimicos, cujos efeitos podem ser potencializados na presença de hipocalemia. O uso de flucitosina com AMPHOCIL não foi estudado. Embora tenha sido relatado sinergismo entre anfotericina Be flucitosina, a anfotericina B pode aumentar a toxicidade de flucitosina pelo aumento da captação celular e impedindo sua excreção renal2.


    Reações adversas - AMPHOCIL
    Em geral, o médico deve monitorizar o paciente para qualquer tipo de evento adverso associado a anfotericina B convencional. O aparecimento de reações adversas geralmente não impede o paciente de completar o tratamento. Deve- se ter cuidado quando é indicada terapia de altas doses ou terapia prolongada. Reações agudas incluindo febre14, calafrios, e rigidez podem ocorrer. Reações anafilactóides, incluindo hipotensão15, taquicardia16, broncoespasmo17, dispnéia18, hipoxia e hiperventilação, também foram relatadas. A maioria das reações agudas são tratadas com sucesso pela redução de velocidade de infusão e pela pronta administração de antihistamínicos e corticosteróides adrenais. Efeitos anafilactóides sérios podem necessitar da descontinuação do AMPHOCIL e da tratamento com terapia adicional de suporte (p. ex.: adrenalina). Estudos clínicos conduzidos demonstraram que AMPHOCIL é menos nefrotóxico do que a anfotericina B convencional. Os níveis séricos de creatinina19 tendem a permanecer consistentes durante o curso da terapia até em pacientes com insuficiência renal20. Pacientes que desenvolveram insuficiência renal20 durante o tratamento com anfotericina B convencional foram estabilizados ou melhoraram quando a terapia foi substituída por AMPHOCIL. Declínio na função renal2 atribuível ao AMPHOCIL foi raro. Entretanto, assim como a anfotericina B convencional, a função renal2 deve ser monitorizada com atenção especial naqueles pacientes que estejam recebendo terapia concomitante com drogas nefrotóxicas. Não houve relatos de hepatite21 tóxica evidente com o uso de AMPHOCIL. Alterações nos níveis de fosfatase alcalina e bilirrubina22 foram infreqüentes. Alterações na coagulação, trombocitopenia23 e hipomagnesemia foram observadas algumas vezes com o uso de AMPHOCIL. Anemia24, que é um evento adverso muito comum durante o tratamento com a anfotericina B convencional, desenvolveu-se em apenas 2,5% dos pacientes tratados com AMPHOCIL. Outros eventos relatados incluem náuseas25, vômito26, hipertensão27, cefaléia28, dor lombar, diarréia29 e dor abdominal.


    Posologia e administração - AMPHOCIL

    O tratamento pode ser iniciado com dose diária de 1,0 mg/kg, aumentada até a dose recomendada de 3,0 - 4,0 mg/Kg, conforme necessário. Doses de até 6 mg/Kg foram utilizadas em pacientes. As doses devem ser ajustadas de acordo com as necessidades da cada paciente. Em estudos clínicos a dose acumulativa média foi de 3,5 g e a duração do tratamento foi de 16 dias. Dez por cento (10%) dos pacientes receberam 13 g ou mais de AMPHOCIL em um período de 27 a 409 dias. AMPHOCIL é administrado por infusão intravenosa a uma velocidade de 1 a 2 mg/kg/hora. Se o paciente apresentar reações agudas ou não puder tolerar o volume de infusão, o tempo de infusão deve ser prolongado.


    Reconstituição e diluição - AMPHOCIL
    AMPHOCIL deve ser reconstituído através da adição de égua estéril para injeção30, usando- se seringa31 estéril e agulha com calibre 20. Injetar rapidamente no frasco-ampola: 50 mg/frasco-ampola 10 ml água estéril para injeção30; 100 mg/frasco-ampola 20 ml água estéril para injeção30. Agitar levemente com a mão, através de movimentos de rotação com o frasco-ampola, até que o fluido amarelo torne-se claro. Observar que o fluido pode ser opalescente. O líquido em cada frasco-ampola reconstituído conterá 5 mg de anfotericina B por ml. Para infusão, diluir posteriormente, até a concentração final de 0,625 mg/ml através da diluição de 1 volume de AMPHOCIL reconstituído com 7 volumes de soro32 glicosado a 5% para injeção30.


    Cuidados de conservação - AMPHOCIL

    Frascos- ampolas fechados contendo material liofilizado devem ser armazenados a temperatura de 15ºC-30ºC. Após reconstituição, a droga deve ser refrigerada a temperatura de 2ºC - 8ºC e usada dentro de 24 horas. Não congelar. Após diluição posterior com soro32 glicosado a 5% para injeção30, a infusão deve ser armazenada em refrigerador (2º-8º) e usada dentro de 24 horas. Os frascos parcialmente usados devem ser descartados.


    Incompatibilidades - AMPHOCIL
    Não reconstituir o pó liofilizado com soro32 fisiológico, ou soro32 glicosado. Não adicionar soro32 fisiológico ou eletrólitos no concentrado reconstituído e não misturar com outra drogas. Caso o medicamento seja administrado através de um equipo de infusão já existente, lavá- lo com soro32 glicosado a 5% para injeção30 antes da infusão de AMPHOCIL, caso contrário, administrar através de um equipo separado. O uso de qualquer outra solução que não for a recomendada, ou a presença de agente bacteriostático (por exemplo: álcool benzílico), pode causar precipitação de AMPHOCIL. Não usar material que demonstre evidência de precipitação ou qualquer outro material particulado. Técnicas assépticas estritas devem sempre ser seguidas durante a reconstituição e diluição, uma vez que a droga liofilizada ou em solução não possui conservantes.


    Conduta na superdosagem - AMPHOCIL

    Em caso da superdosagem, interromper a administração imediatamente e monitorizar cuidadosamente o quadro clínico dos pacientes (funções renal2, hepática e cardíaca; estado hematológico e eletrólitos séricos) e instituir o tratamento sintomático.


    Apresentação - AMPHOCIL

    AMPHOCIL é apresentado como produto liofilizado estéril, apirogénico, contendo 5mg /ml de anfotericina B, quando reconstituído para infusão intravenosa.


    Venda Sob Prescrição Médica.

    ZENECA Farmacêutica do Brasil Ltda.



    AMPHOCIL - Laboratório

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